quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Governo adia novos pedágios da Castelo

Após 7 meses em análise, projeto para ampliação da cobrança foi "engavetado" pelo Governo. Prioridade é concessão de 5 novos lotes de estradas estaduais à iniciativa privada

Guilherme Lisboa

Desde março, motoristas de Osasco têm acompanhado com ansiedade a resposta do Governo do Estado sobre o projeto que prevê a extensão da cobrança de pedágio na rodovia Castelo Branco para o município. Após sete meses em análise, o projeto foi deixado de lado pela Secretaria Estadual de Transportes, que atualmente tem como prioridade o plano de concessão de novos lotes rodoviários à iniciativa privada.

Segundo a Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo), órgão vinculado à Secretaria, enquanto não for concluída a nova rodada de concessões o projeto deve continuar fora da pauta de trabalho do Governo, tanto sobre a cobrança da tarifa quanto sobre a execução das obras no Cebolão.

A projeto é uma proposta conjunta entre a Artesp e a ViaOeste, concessionária das rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares. Hoje, os motoristas pagam pedágio de R$ 5,60 ao passar pelas marginais da Castelo que ligam a Capital à Alphaville, e têm praças de cobrança em Osasco (sentido Interior) e em Barueri (sentido Capital). Com a aprovação da extensão da cobrança, serão instaladas cabines também nas pistas centrais, na altura de Osasco.

Novas concessões
O Governo pretende conceder para iniciativa privada mais cinco lotes de rodovias, composto por trechos dos corredores Ayrton Senna/Carvalho Pinto, Dom Pedro I, Marechal Rondon (lotes Leste e Oeste) e Raposo Tavares (trechos que passam por Ourinhos, Presidente Epitácio, Bauru e Santa Cruz do Rio Pardo).

Os cinco lotes totalizam 1.763 quilômetros de malha, e vão receber investimentos de R$8 bilhões. Eles serão concedidos por 30 anos, mas a cobrança de pedágio só será autorizada após a execução de todas as obras de recuperação de pavimento, sinalização, instalação de equipamentos de monitoração e construção de pistas adicionais. A previsão é de que as concessionárias vencedoras construam 660 km de novos trechos ou faixas adicionais, além de 274 km de marginais, 279 km de acostamentos, 83 passarelas e 221 trevos.

Versão resumida de matéria publicada no Diário da Região em 25/09/08. Leia na íntegra: http://www.webdiario.com.br/?din=view_noticias&id=26214&search=pedágio%20guilherme%20lisboa